Entidades e ativistas lançam manifesto de apoio ao MST na ocupação da CEDRO

- Alongo dos anos a Reforma Agrária tem saído da pauta política brasileira e o MST tem ocupado muito menos os noticiários e agenda da esqueda brasileira. o Movimento não foi capaz de garantir uma atuação independente do governo do PT que por tudo que está ai demonstrou que seu aliado estratégico era o Agronegócio e seu modelo de desenvolvimento rural a grande empresa capitalista moderna. 

MANIFESTO DE APOIO ESOLIDARIEDADE AO MST/PARÁ

Há uma semana, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra está acampado em frente à sede da fazenda Cedro, em Marabá (PA), que faz parte dos empreendimentos da Agropecuária Santa Bárbara pertencente ao banqueiro Daniel Dantas, que controla o grupo Opportunity. 

Antes de qualquer julgamento e opinião acerca da ocupação, qualquer um que se sinta no direito de se posicionar frente ao fato, necessita saber o que motivou o mesmo. Uma pergunta, então, torna-se relevante: quais as formas de atuação do grupo Santa Bárbara no estado do Pará, particularmente no sudeste paraense?

Um primeiro elemento que é preciso que se saiba é o fato de que a Agropecuária Santa Bárbara está obrigada, desde 2010, a devolver à União parte da fazenda Cedro, a mesma do ocorrido, mais especificamente 826hectares de sua área. Em outubro de 2010, a Justiça  Federal em Marabá determinou esta reintegração de posse para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) transformá-la no Projeto de Assentamento Cedrinho. A ação de reintegração de posse foi proposta pelo INCRA, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), contra os autodenominados proprietários da fazenda, Benedito Mutran Filho, Cláudia Dacier Lobato Pantera Mutran e Agropecuária Santa Bárbara Xinguara SA.

P-Sol, PC do B e PSTU e o novo pragmatismo da esquerda paraense!

Rótulos à parte stalinistas, trotskistas e gramiscinianos, por mais inacreditável que pareça, estão juntos nas eleições municipais de Belém. Ocorre-me que todos estão dispostos a superar, pelo menos neste momento, as polêmicas teórico-estratégicas que conformam as correntes da Frente de Partidos de base Proletária, como bem definiu ontem na convenção do PSTU o líder da Frente e candidato a prefeito Edmilson Rodrigues do PSOL.

            Além desses dois partidos o PC do B ocupará o cargo de candidato à vice prefeito na chapa através de Jorge Panzera herdeiro político de grandes lutadores contra a Ditadura Militar e principal liderança eleitoral da agremiação quase centenária.

            PSOL, PC do B e PSTU protagonizam uma inovação na política de esquerda do Brasil. É uma chapa inédita que certamente terá grande impacto nas definições futuras de posicionamentos nas lutas e nas eleições. Alguns fatores progressivos da realidade, principalmente, contribuíram para a conformação dessa chapa que por sua composição deve emocionar na campanha.

            Por um lado, a crise do PT que depois do fiasco do governo Ana Julia, da inelegibilidade de seu líder histórico Paulo Rocha e da inexistência de um quadro com capacidade de unificar a legenda em torno de um projeto de estado perde aceleradamente terreno eleitoral. Isso sem falar no discurso francamente de direita assumido hoje pelo partido.  Por outro lado, esse fator, aliado à força eleitoral do PSOL concentrada hoje em Edmilson e Marinor Brito contribuem para formar uma chapa com viabilidade eleitoral e deslocar o PC do B do eixo político comandado pelo PT desde a década de 90. Aqui está o avanço dos lutadores do Araguaia, não deixa de ser extremamente positivo e progressista o movimento de distanciamento do PT.

            O terceiro fator está relacionado com a mudança de posicionamento do PSTU, a inovação em sua política eleitoral até então restrita a PSOL e PCB sob o nome de Frente de Esquerda. Essa mudança está basicamente relacionada com a necessidade da legenda de ganhar espaço eleitoral institucional, desde 1996 quando foi formalmente fundado o PSTU não elegeu ninguém. Não resta outra explicação senão pragmatismo eleitoral.

            Sinceramente considero que se trata de exemplo a ser seguido em outros estados, ao se reproduzir essa política de alianças pode conformar um novo Bloco da Esquerda e contribuir para apagar as marcas nefastas deixadas pelo PT na consciência e nas ações do povo trabalhador. Vamos acompanhar fazendo essa campanha. Como dissemos, a história está para ser escrita.

Urbanitários vão à Praça da Republica contra as PPP´s de Jatene!

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas do Pará STIUPA promete uma grande agitação na praça da republica este domingo primeiro de julho. O foco do protesto é a aprovação pela ALEPA do projeto que regulamenta as parcerias público-privadas no estado do Pará abrindo o caminho para a privatização de 14 áreas estratégicas do estado, entre elas o saneamento.

            O governador Jatene é escolado nessa matéria, foi o Secretário Responsável pela privatização da CELPA em 1998, no então governo Almir Gabriel e nunca é demais lembrar que sua escola Tucana tem “expertise” nessa área de entrega do patrimônio do povo. Trata-se de uma luta justa e por isso a direção do STIUPA, recentemente reeleita para mais três anos de mandato em eleição em que a Chapa da CONLUTAS não deu para o caldo, merece todo o mérito.

            Segundo informam a matéria foi votada na “surdina” para evitar mobilizações como as que também dirigidas pelo STIUPA derrotaram a regulamentação municipal das parcerias PP.

            Recomendo todos que participem do ato contra as PPPS no Pará e pela revogação da medida aprovada pela AELPA, onde inclusive a bancada petista foi forçada a votar contra sua concepção.

            Se nossos amigos Urbanitários estão nessa luta, estamos com eles, sem como eles é claro esquecer que a proposta de regulamentação e o próprio termo “Parcerias Público-Provadas” surgiram no governo Lula o presidente mascarado de operário inclusive sancionou a Lei n. 11.079 no dia 30 de Dezembro de 2004 que “Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública”.

            Para sermos coerentes somos contra as PPPS no Pará e no Brasil! Acho que esse deveria ser o sentido do ato de domingo.      

Ato na cidade: serviço público federal em GREVE!

Tudo caminha para a instalação de uma grande GREVE no serviço público federal, as universidades deram a largada, mas no INCRA a greve também já está decretada. Outras categorias prometem aderir ao movimento como os trabalhadores dos Institutos Federais, no nosso caso o IFPA.

            Hoje os trabalhadores de alguns órgãos, juntamente com estudantes realizaram uma manifestação pública na Avenida Presidente Vargas, com saída do prédio do Banco Central. A quantidade de pessoas na manifestação reflete a contradição dessas greves. São muito justas as reivindicações e muito baixo o envolvimento da base.

            O serviço público federal é o alvo das políticas de ajuste preventivo à crise. Congelamento de salários, aumento de carga de trabalho e a crítica de sempre da ineficiência do serviço público baseada na baixa motivação dos servidores para o trabalho e ao mesmo tempo sofre com a prioridade do governo à iniciativa privada, vide transferência de recursos públicos para a saúde e educação privadas.

            A greve dos federais merece todo o nosso apoio. Afinal não é possível construir um país mais justo com o mercado mandando em áreas de direitos fundamentais. Passei pelo ato e deixo a seguinte mensagem.

 

Vamos apoiar a GREVE do Serviço Público federal eles precisam da ajuda de todos e aos dirigentes das entidades fica a singela contribuição de procurar formas inovadoras de mobilização para massificar a greve e tentem se preparar para uma greve longa e de fortes batalhas judiciais.

MP 568/12 não beneficia técnico-administrativos e ainda ataca a saúde do trabalhador

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Estamos na luta...

Colocamos no ar um novo projeto de articulação da luta dos movimentos sociais do estado do Pará, o Blog dos Movimentos Sociais. Nosso objetivo é apresentar e avaliar informações sobre a luta dos trabalhadores, estudantes, mulheres, indígenas, agricultores familiares, homossexuais, ambientalistas e lutadores sociais de uma forma geral.

Trataremos aqui das diversas dimensões das lutas dos explorados e oprimidos, desde as questões práticas e cotidianas às questões teóricas gerais e estratégicas. Acompanharemos a vida dos principais sindicatos e movimentos, suas lutas, vitórias e retrocessos. Trataremos de ações dos governos e seus reflexos na vida dos "de baixo" na perspectivas de ampliar a reflexão e a ação críticas como principais instrumentos de mudanças sociais que permitam ampliar a igualdade, a solidariedade,  a fraternidade, a tolerância e o direito à vida digna, feliz, próspera.

A história que virá ainda não foi escrita...vamos começar agora...estamos na luta!