Rótulos à parte stalinistas,
trotskistas e gramiscinianos, por mais inacreditável que pareça, estão juntos
nas eleições municipais de Belém. Ocorre-me que todos estão dispostos a
superar, pelo menos neste momento, as polêmicas teórico-estratégicas que
conformam as correntes da Frente de Partidos de base Proletária, como bem definiu
ontem na convenção do PSTU o líder da Frente e candidato a prefeito Edmilson
Rodrigues do PSOL.
Além
desses dois partidos o PC do B ocupará o cargo de candidato à vice prefeito na
chapa através de Jorge Panzera herdeiro político de grandes lutadores contra a
Ditadura Militar e principal liderança eleitoral da agremiação quase
centenária.
PSOL,
PC do B e PSTU protagonizam uma inovação na política de esquerda do Brasil. É
uma chapa inédita que certamente terá grande impacto nas definições futuras de
posicionamentos nas lutas e nas eleições. Alguns fatores progressivos da
realidade, principalmente, contribuíram para a conformação dessa chapa que por
sua composição deve emocionar na campanha.
Por
um lado, a crise do PT que depois do fiasco do governo Ana Julia, da
inelegibilidade de seu líder histórico Paulo Rocha e da inexistência de um
quadro com capacidade de unificar a legenda em torno de um projeto de estado
perde aceleradamente terreno eleitoral. Isso sem falar no discurso francamente
de direita assumido hoje pelo partido. Por
outro lado, esse fator, aliado à força eleitoral do PSOL concentrada hoje em
Edmilson e Marinor Brito contribuem para formar uma chapa com viabilidade
eleitoral e deslocar o PC do B do eixo político comandado pelo PT desde a
década de 90. Aqui está o avanço dos lutadores do Araguaia, não deixa de ser
extremamente positivo e progressista o movimento de distanciamento do PT.
O
terceiro fator está relacionado com a mudança de posicionamento do PSTU, a
inovação em sua política eleitoral até então restrita a PSOL e PCB sob o nome
de Frente de Esquerda. Essa mudança está basicamente relacionada com a necessidade
da legenda de ganhar espaço eleitoral institucional, desde 1996 quando foi
formalmente fundado o PSTU não elegeu ninguém. Não resta outra explicação senão
pragmatismo eleitoral.
Sinceramente
considero que se trata de exemplo a ser seguido em outros estados, ao se
reproduzir essa política de alianças pode conformar um novo Bloco da Esquerda e
contribuir para apagar as marcas nefastas deixadas pelo PT na consciência e nas
ações do povo trabalhador. Vamos acompanhar fazendo essa campanha. Como
dissemos, a história está para ser escrita.
As eleições estão se aproximando. Devemos eleger pessoas comprometidas com os trabalhadores. Candidatos tem muito, mas os que são comprometidos com à população são poucos.
ResponderExcluirEm Belém temos a candidatura a prefeito do companheiro Edmilson Rodrigues. Pessoa competente e honesta que vai
trazer Belém de volta para o crescimento econômico. Além do companheiro Edmilson, devemos fazer uma bancada de vereadores que possam dar a tranquilidade ao prefeito governar,
sem estar com os vícios do poder público que todos nós conhecemos. Dentro os candidatos a vereança, temos o operário da construção cível e lutador Cléber Rabelo.
Tenho a certeza de que o Cléber irá fazer um mandato voltado para os anseios da população. Por isso, em Belém votem Edmilson(50) para prefeito e Cléber(16.123) para vereador. Belém nas mãos certa.
Apesar do meu espanto diante da união dos três partidos,afinal, tem diferentes posições perante os acontecimentos da atualidade sem falar na antigo antagonismo Trostky x Stalin , entendo que se a democracia é representativa, ou seja, exercida via eleitoral com campanhas sendo financiadas ´por burgueses, ou seja, os candidatos representam ,na verdade, um determinado reduto financeiro, ( sabemos que é preciso ter grana para uma campanha eleitoral, não vamos fingir que não é assim); por outro lado sabemos que a revolução é praticamente impossivel na forma como a pensamos, então, porque não dar crédito a uma pessoa que já mostrou que é séria, honesta e bom administrador, independente de sua residencia partidária?Esse é meu pensamento,de cidadã, eleitora, servidora pública, assistente social e poeta.
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