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sábado, 30 de junho de 2012

P-Sol, PC do B e PSTU e o novo pragmatismo da esquerda paraense!




Rótulos à parte stalinistas, trotskistas e gramiscinianos, por mais inacreditável que pareça, estão juntos nas eleições municipais de Belém. Ocorre-me que todos estão dispostos a superar, pelo menos neste momento, as polêmicas teórico-estratégicas que conformam as correntes da Frente de Partidos de base Proletária, como bem definiu ontem na convenção do PSTU o líder da Frente e candidato a prefeito Edmilson Rodrigues do PSOL.

            Além desses dois partidos o PC do B ocupará o cargo de candidato à vice prefeito na chapa através de Jorge Panzera herdeiro político de grandes lutadores contra a Ditadura Militar e principal liderança eleitoral da agremiação quase centenária.

            PSOL, PC do B e PSTU protagonizam uma inovação na política de esquerda do Brasil. É uma chapa inédita que certamente terá grande impacto nas definições futuras de posicionamentos nas lutas e nas eleições. Alguns fatores progressivos da realidade, principalmente, contribuíram para a conformação dessa chapa que por sua composição deve emocionar na campanha.

            Por um lado, a crise do PT que depois do fiasco do governo Ana Julia, da inelegibilidade de seu líder histórico Paulo Rocha e da inexistência de um quadro com capacidade de unificar a legenda em torno de um projeto de estado perde aceleradamente terreno eleitoral. Isso sem falar no discurso francamente de direita assumido hoje pelo partido.  Por outro lado, esse fator, aliado à força eleitoral do PSOL concentrada hoje em Edmilson e Marinor Brito contribuem para formar uma chapa com viabilidade eleitoral e deslocar o PC do B do eixo político comandado pelo PT desde a década de 90. Aqui está o avanço dos lutadores do Araguaia, não deixa de ser extremamente positivo e progressista o movimento de distanciamento do PT.

            O terceiro fator está relacionado com a mudança de posicionamento do PSTU, a inovação em sua política eleitoral até então restrita a PSOL e PCB sob o nome de Frente de Esquerda. Essa mudança está basicamente relacionada com a necessidade da legenda de ganhar espaço eleitoral institucional, desde 1996 quando foi formalmente fundado o PSTU não elegeu ninguém. Não resta outra explicação senão pragmatismo eleitoral.
            Sinceramente considero que se trata de exemplo a ser seguido em outros estados, ao se reproduzir essa política de alianças pode conformar um novo Bloco da Esquerda e contribuir para apagar as marcas nefastas deixadas pelo PT na consciência e nas ações do povo trabalhador. Vamos acompanhar fazendo essa campanha. Como dissemos, a história está para ser escrita.

2 comentários:

  1. As eleições estão se aproximando. Devemos eleger pessoas comprometidas com os trabalhadores. Candidatos tem muito, mas os que são comprometidos com à população são poucos.
    Em Belém temos a candidatura a prefeito do companheiro Edmilson Rodrigues. Pessoa competente e honesta que vai
    trazer Belém de volta para o crescimento econômico. Além do companheiro Edmilson, devemos fazer uma bancada de vereadores que possam dar a tranquilidade ao prefeito governar,
    sem estar com os vícios do poder público que todos nós conhecemos. Dentro os candidatos a vereança, temos o operário da construção cível e lutador Cléber Rabelo.
    Tenho a certeza de que o Cléber irá fazer um mandato voltado para os anseios da população. Por isso, em Belém votem Edmilson(50) para prefeito e Cléber(16.123) para vereador. Belém nas mãos certa.

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  2. Apesar do meu espanto diante da união dos três partidos,afinal, tem diferentes posições perante os acontecimentos da atualidade sem falar na antigo antagonismo Trostky x Stalin , entendo que se a democracia é representativa, ou seja, exercida via eleitoral com campanhas sendo financiadas ´por burgueses, ou seja, os candidatos representam ,na verdade, um determinado reduto financeiro, ( sabemos que é preciso ter grana para uma campanha eleitoral, não vamos fingir que não é assim); por outro lado sabemos que a revolução é praticamente impossivel na forma como a pensamos, então, porque não dar crédito a uma pessoa que já mostrou que é séria, honesta e bom administrador, independente de sua residencia partidária?Esse é meu pensamento,de cidadã, eleitora, servidora pública, assistente social e poeta.

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