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segunda-feira, 16 de julho de 2012

O último que sair apaga a luz!

Transcrevo abaixo a Carta da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) a qual informa resumidamente as razões de sua ruptura com a CSP - Conlutas. A saída do MSTS não terá reflexos diretos no estado do Pará, onde o movimento não conta com representação, mas indiretamente por que reduz o espctro político de atuação na Conlutas, fragilizando o conjunto da central, além de jogar água no moinho das críticas à condução autoritária e desleal do PSTU à frente da Central, que são utilizadas como justificativa dos setores que se retiraram do CONCLAT de unificação em 2010. O MTST foi uma das organizações que apostou na CONLUTAS naquela ocasião em que Intersindical e Unidos Pra Lutar, entre outras se retiraram!

Fato grave a incidencia do PSTU sobre os quadros do MTST considerando a saúde nas relações políticas na CSP - Conlutas. Em tese todas as organizações tem o direito de "assediar" ou "incidir" sobre os quadros das outras só não se pode esperar que com isso as relações políticas se mantenham saudáveis entre as organizações que "disputam" os lutadores e quadros oragizados.  
O PSTU fez sua escolha e está colhendo os resultados! Como estão sempre certos devem divulgar uma nota com 300 kg de teoria para justificar do ponto de vista revolucionário marxista sua atitudes! de querer avançar na diretção da CONLUTAS dos atuais 95% para 98% e quem sabe com 100%!
  
Enquanto isso o conjunto do setor honesto e lutador dos movimentos sociais segue desarticulado! nossas solidariedades aos Companheiros do MTST, cabe destacar aliás o carater altivo e superior de sua nota, mesmo sem nehuma citação de Lenin!

Á "nova" Direção da CSP - Conlutas desejamos sabedoria para evitar o clima de debandada! caso contrário quem sair por último apaga a luz! 

CARTA DE SAÍDA DA CSP CONLUTAS

O MTST esteve na CSP Conlutas desde sua fundação, no Conclat de 2010. Diante da divisão que se estabeleceu naquele Congresso, optamos por compor a Central que dele surgiu, por acreditarmos na proposta de unificar organizações combativas da classe trabalhadora – no movimento popular e sindical.

Durante estes 2 anos, buscamos construir e participar dos espaços da Central. Estivemos em suas principais lutas, nas reuniões e debates, com o intuito de fortalecer na prática a tão falada unidade. Por esta mesma razão, estivemos entre os maiores defensores da recomposição com as organizações que estiveram no Conclat e tomaram outros caminhos.

No último período, tivemos diferenças de posições em relação especialmente aos companheiros do PSTU (maioria na Central) sobre a necessidade de medidas mais claras e ativas de integração do movimento popular aos espaços e pautas da Central. Debate legítimo, de posições diversas, em que algumas vezes chegamos a acordos e outras não.

No entanto, nas últimas semanas, ocorreram atitudes que saíram do âmbito do debate legítimo e da lealdade política. Companheiros do PSTU atuaram de forma divisionista em bases do MTST de vários estados, afetando, inclusive, coordenadores do Movimento. Organizaram reuniões no Amazonas e em Minas Gerais, com o intuito de convencer militantes a saírem do MTST e ingressarem no movimento que este partido busca impulsionar atualmente. No caso do Amazonas, embora apenas nele, obtiveram sucesso e desarticularam o coletivo do MTST por lá. Vale registrar que não se tratou de uma iniciativa isolada. Um dirigente nacional do PSTU, o companheiro Zé Maria de Almeida, chegou a telefonar para um dirigente do MTST em Minas, estimulando sua saída do Movimento.

Por estas razões, como não estamos dispostos a gastar nossas já poucas energias em disputas mesquinhas e desleais, o MTST está se retirando, neste momento, da CSP Conlutas. Nossa presença na Central só fez sentido enquanto significou para nós um espaço de construção da unidade. Na medida em que se torna um espaço de divisão e disputa, infelizmente deixa de cumprir os seus propósitos.

Queremos registrar que não sairemos destilando veneno ou acusações em notas, debates, etc. Este tipo de método não produz nada de positivo na luta dos trabalhadores. Apesar desses fatos lamentáveis, continuamos respeitando e valorizando a atuação conjunta com os companheiros da CSP Conlutas e do PSTU. Nossos objetivos socialistas são os mesmos. Apenas não podemos tolerar práticas de desagregação de um trabalho político, construído a muito custo e em condições bastante adversas.

Rio de Janeiro, 14 de julho de 2012.

Coordenação Nacional do MTST

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